“Socializar o saber para democratizar o poder"
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
notinha da semana
Esse blog tá bem poético ultimamente... bom é um pequeno experimento literário a lá professor pardal.
Coisa do inverno do sul. Quem sabe quando eu subir pra parte tropical deste Brasilzão não muda?
Tá bom, tá bom... tem sido mais fácil escrever poemas. Mas tenho outras coisas legais pra dizer.
Aguardem cenas dos próximos capítulos...
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pilhagens
Eulirismos entre um devaneio e outro
Meu sonho é ter vida ligeira
de tão derradeira rastrear trovão
Eu quero voar como o vento
Eu quero voar como o vento
e a cada momento mudar direção
Amar a donzela mais bela
Amar a donzela mais bela
prender-me na cela do seu coração
Eu quero o sabor da pimenta
Eu quero o sabor da pimenta
o refresco da menta molhada no pão
Sentir meu nariz nauseado
Sentir meu nariz nauseado
e meu corpo suado de eterno verão
Viver na total liberdade
Viver na total liberdade
dormir na cidade e acordar no sertão
viver minha vida ligeira
viver minha vida ligeira
e de forma faceira rir do furação
eu quero aprender com o tempo
eu quero aprender com o tempo
mudar com o vento virar lampião
Se vou picar fumo na estrada
Se vou picar fumo na estrada
não quero mais nada que pedra e sabão
Se não quero vida domada
Se não quero vida domada
desligo a tomada da televisão
Se estou nesta marcha sem nada
Se estou nesta marcha sem nada
sem alma pesada eu vivo sem não
Se levo este corpo pesado
Se levo este corpo pesado
levo alma lavada no arroz com feijão
Se rimo segundas com quintas
Se rimo segundas com quintas
preciso das sextas pra feriadão?
Se levo esta alma lavada
Se levo esta alma lavada
caneta é espada e saudade é em vão
Se levo saudade pesada
Se levo saudade pesada
sujeira de estrada dói no coração
Não levo mais tudo que nada
Não levo mais tudo que nada
poeira molhada na sola do chão
Thiago Di Luca
Thiago Di Luca
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domingo, 2 de agosto de 2009
Isto
Dizem que finjo ou minto
Tudo o que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
Fernando Pessoa
Tudo o que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
Fernando Pessoa
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