terça-feira, 18 de agosto de 2009

Eulirismos entre um devaneio e outro


Meu sonho é ter vida ligeira
de tão derradeira rastrear trovão
Eu quero voar como o vento
e a cada momento mudar direção
Amar a donzela mais bela
prender-me na cela do seu coração
Eu quero o sabor da pimenta
o refresco da menta molhada no pão
Sentir meu nariz nauseado
e meu corpo suado de eterno verão
Viver na total liberdade
dormir na cidade e acordar no sertão
viver minha vida ligeira
e de forma faceira rir do furação
eu quero aprender com o tempo
mudar com o vento virar lampião

Se vou picar fumo na estrada
não quero mais nada que pedra e sabão
Se não quero vida domada
desligo a tomada da televisão
Se estou nesta marcha sem nada
sem alma pesada eu vivo sem não
Se levo este corpo pesado
levo alma lavada no arroz com feijão
Se rimo segundas com quintas
preciso das sextas pra feriadão?
Se levo esta alma lavada
caneta é espada e saudade é em vão
Se levo saudade pesada
sujeira de estrada dói no coração
Não levo mais tudo que nada
poeira molhada na sola do chão

Thiago Di Luca

Um comentário:

Clari disse...

Não sabia que este meu amigo da época de colégio era poeta...sabia que era músico e que tinha aquele jeitinho de doidinho, de quem tem alma livre e pensamentos mil...gostei, vou visitar teu blog mais vezes! Beijooo